RESUMO
O uso das salfonas antes de proporcionar a cura clínica, inibia a liberação do bacilo de Hansen, diminuindo os riscos de contágio. Dessa forma, o leproso, mesmo sem estar curado, poderia retornar ao convívio social mais amplo, sem oferecer maiores perigos aos sadios. Ao mesmo tempo que existe um saber científico que define, delimita, sistematiza a doença, há um saber cultural que também produz significados acerca das enfermidades. Nesse sentido, a cura biológica, simplesmente, não seria suficiente para erradicar a doença. Esta "contraface cultural da lepra vai definir, de certa forma, os rumos das políticas de combate à doença. Assim, o texto traz o problema social do egresso; o reajustamento social do egresso, com as ações e conflitos; a produção de discursos acerca da lepra. (AU)